Na época, em que um litro de conhaque para mim era pouco, eu não era muito chegado a comer. E todas as noites, antes de ir para casa, mandava fazer um sanduíche. O pessoal que me conhecia dizia: você não vai comer nada, quando chegar em casa e deitar. Dito e feito. Na segunda mordida no sanduíche eu jogava o resto pela janela do quarto que ficava no segundo andar, hoje a casa do Afonso, meu irmão. Havia um gato ali nas redondezas, que toda noite sabia que iria comer um sanduíche. Uma noite eu já ia para casa, levando o tal sanduíche, quando parei no jardim, pois lá estavam vários amigos conversando. Resolvi entrar nas fofocas, quando o Beto Maia disse: quem esta fedendo aquí perto? Pensaram até que era alguém soltando uns ditos puns, ou melhor, peido mesmo. Mas, quando o Beto percebeu que o fedor que estava vindo era do embrulho do sanduíche que eu estava levando para casa, ficou apavorado. Este fato acontecido, até hoje comentam que o Beto salvou foi a vida do gato, pois ele é que iria comer mesmo o sanduíche.
Causos - Marco Pacheco
Causos pitorescos do cotidiano raul-soarense colecionados e postados para apreciação dos leitores
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Sanduíche de Gato
Fofoqueiro Noturno
Neneco, filho do nosso saudoso Careca e minha querida Marita, vinha passar uns dias aqui
Lei dos Idosos
Quando o Pascoal no seu blog deu o contra com a lei que isentava de ter de entrar na fila maiores de sessenta (60) anos, dei-lhe toda a razão. Comigo já aconteceu uma caso, baseando nesta lei, em Juiz de Fora, quando eu morava lá. A lei era municipal - não sei se ainda lá assim funciona essa Lei – que dizia: idoso, aposentado, grávida, etc., teriam atendimento preferencial. Um dia, eu passei no antigo BEMGE, e fui fazer um teste com a tal lei. Quem me atendeu disse que eu não poderia ser atendido naquele guichê, pois eram somente os idosos. Eu disse que não era idoso, mas era aposentado. Mas ele teimou. Eu poderia ser aposentado, mas teria que ser idoso, no que eu contestei pois estava escrito: idoso, aposentado, grávida, etc. Como não aceitei e continuei teimando, o caso foi levado ao gerente, que ligou para a Prefeitura, perguntando como funcionava a lei. O atendente da Prefeitura respondeu ao gerente que a lei era clara, que teria preferência de ser atendido idoso, aposentado, independente de idade. De posse da informação, o gerente mandou que eu fosse atendido com privilégio. Imediatamente dispensei o atendimento e disse que somente estava fazendo um teste, pois eu era totalmente contra essa lei, pois muitas vezes as pessoas aposentam novas, até antes dos 60 anos, com boa saúde e fazem peripécias de pessoas de idade de vinte anos. Fala Pascoal!
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Luiz Couveiro
Estávamos no banco do jardim novo, eu, Zé Carcereiro, Pascoal, Edgard e outros mais, quando chegou o famoso Luiz "Couveiro" e não coveiro, pois o seu apelido vinha de couve, que era o que ele vendia. O Zé Carcereiro, como sempre muito perspicaz, perguntou-lhe: ô Luiz, o que é que houve com seus tornozelos que estão muito inchados? O Luiz, percebendo a intenção da pergunta do Zé, respondeu que tinha torcido o pé, que por isto que eles estavam inchados. Mas, aí, o Zé emendou dizendo: mas os dois? Lógico que não era a torcida dos pés que provocou a inchação dos tornozelos, mas sim a manguaça mesmo que estava fazendo efeito.
O Bingo
Quando havia o Bingo do Jara (Ubirajara) Lopes e do Boanerges, que funcionava no bar do Heitor, na praça da Igreja, o cantador do bingo era o Lolô, filho do Batista da Brasiltex. E certa noite houve uma denuncia do funcionamento do bingo, na Delegacia Regional de Ponte Nova e de lá vieram os policiais. Quando os policiais chegaram no bingo, o Lolô já havia cantado umas cinco (5) pedras, e era muito difícil alguém ganhar com tão poucas pedras nesse bingo -. Os policiais, ao entrarem, foram logo dizendo: Pára! – essa palavra era usada no jogo quando alguém acertava no bingo. O Lolô, que estava de costas para a porta, ao ouvir a palavra, mesmo sem saber quem havia gritado, emendou imediatamente: ô largo! Para azar dele, quem havia gritado era o Delegado Regional Murta, que estava prendendo o jogo, pois este era ilegal. Aí foram para a Delegacia os jogadores e os proprietários e os empregados, que foram ouvidos e liberados logo após os depoimentos.
Garagem do Padre Sérgio
João Norato - Titio - certa tarde, após ter tomado umas, já ia para casa e as paredes das casas estavam servindo de escoras para ele. Quando chegou na porta da casa paroquial, o João já não enxergava mais nada e não viu que a porta da garagem estava só escorada. Aí, vocês já viram, ele foi direto e caiu debaixo do carro do Padre Sérgio, que estava preparando para sair. Quando o padre viu aquela cena, perguntou: sr. João, o que o sr. está fazendo aí, debaixo do meu carro? Espirituoso, como sempre, imediatamente o João respondeu, com a vivência que Deus lhe deu: sr. Padre Sérgio eu estou só apertando um parafusinho no carro do senhor que estava bambo. Olha, estes causos postados hoje são contados pelo Célio da Gelati. Por isso, não garantimos se são verdadeiros, ou invenções dele.
Ninico versus João Norato
Disse o João Norato - Titio - que quando o Ninico estava tomando umas, que graças ao bom Deus o tirou deste vício, numa noite o ele chegou apavorado dizendo: papai deixa eu entrar no seu quarto, pois no meu está lotado de macacos. Imediatamente o João Norato, que também tinha tomado umas, falou com o Ninico: vem meu filho, pode ficar aqui quieto, mas entra rápido, pois foi eu que os espantei do meu quarto. É João e Ninico, ainda bem que a vida já nos deu muitas peças, mas nós ultimamente temos pensado mais