terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Sanduíche de Gato

Na época, em que um litro de conhaque para mim era pouco, eu não era muito chegado a comer. E todas as noites, antes de ir para casa, mandava fazer um sanduíche. O pessoal que me conhecia dizia: você não vai comer nada, quando chegar em casa e deitar. Dito e feito. Na segunda mordida no sanduíche eu jogava o resto pela janela do quarto que ficava no segundo andar, hoje a casa do Afonso, meu irmão. Havia um gato ali nas redondezas, que toda noite sabia que iria comer um sanduíche. Uma noite eu já ia para casa, levando o tal sanduíche, quando parei no jardim, pois lá estavam vários amigos conversando. Resolvi entrar nas fofocas, quando o Beto Maia disse: quem esta fedendo aquí perto? Pensaram até que era alguém soltando uns ditos puns, ou melhor, peido mesmo. Mas, quando o Beto percebeu que o fedor que estava vindo era do embrulho do sanduíche que eu estava levando para casa, ficou apavorado. Este fato acontecido, até hoje comentam que o Beto salvou foi a vida do gato, pois ele é que iria comer mesmo o sanduíche.

Fofoqueiro Noturno

Neneco, filho do nosso saudoso Careca e minha querida Marita, vinha passar uns dias aqui em Raul Soares e eu, nesse dia, tinha um compromisso com as minhas filhas em Belo Horizonte. Então eu lhe disse que iria viajar, mas deixaria no Cartório as chaves, pois ninguém ficaria em casa para recebe-lo. Quando voltei o Neneco já estava em Raul Soares e me disse, que na noite anterior, estava o pau quebrando, uma briga de namorados em frente a casa. Que ele acordou e foi na varanda ver o que havia, a mulher que estava brigando com o namorado, olhou para cima e disse: e você fofoqueiro noturno, o que está fazendo aí! O Neneco saiu na cabeça com o casal, mas até hoje ele me pergunta será que ela disse aquilo foi para ele ou para mim que mora na casa. Ficou em dúvida a questão: quem é o FOFOQUEIRO NOTURNO?.

Lei dos Idosos

Quando o Pascoal no seu blog deu o contra com a lei que isentava de ter de entrar na fila maiores de sessenta (60) anos, dei-lhe toda a razão. Comigo já aconteceu uma caso, baseando nesta lei, em Juiz de Fora, quando eu morava lá. A lei era municipal - não sei se ainda lá assim funciona essa Lei – que dizia: idoso, aposentado, grávida, etc., teriam atendimento preferencial. Um dia, eu passei no antigo BEMGE, e fui fazer um teste com a tal lei. Quem me atendeu disse que eu não poderia ser atendido naquele guichê, pois eram somente os idosos. Eu disse que não era idoso, mas era aposentado. Mas ele teimou. Eu poderia ser aposentado, mas teria que ser idoso, no que eu contestei pois estava escrito: idoso, aposentado, grávida, etc. Como não aceitei e continuei teimando, o caso foi levado ao gerente, que ligou para a Prefeitura, perguntando como funcionava a lei. O atendente da Prefeitura respondeu ao gerente que a lei era clara, que teria preferência de ser atendido idoso, aposentado, independente de idade. De posse da informação, o gerente mandou que eu fosse atendido com privilégio. Imediatamente dispensei o atendimento e disse que somente estava fazendo um teste, pois eu era totalmente contra essa lei, pois muitas vezes as pessoas aposentam novas, até antes dos 60 anos, com boa saúde e fazem peripécias de pessoas de idade de vinte anos. Fala Pascoal!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Luiz Couveiro

Estávamos no banco do jardim novo, eu, Zé Carcereiro, Pascoal, Edgard e outros mais, quando chegou o famoso Luiz "Couveiro" e não coveiro, pois o seu apelido vinha de couve, que era o que ele vendia. O Zé Carcereiro, como sempre muito perspicaz, perguntou-lhe: ô Luiz, o que é que houve com seus tornozelos que estão muito inchados? O Luiz, percebendo a intenção da pergunta do Zé, respondeu que tinha torcido o pé, que por isto que eles estavam inchados. Mas, aí, o Zé emendou dizendo: mas os dois? Lógico que não era a torcida dos pés que provocou a inchação dos tornozelos, mas sim a manguaça mesmo que estava fazendo efeito.

O Bingo

Quando havia o Bingo do Jara (Ubirajara) Lopes e do Boanerges, que funcionava no bar do Heitor, na praça da Igreja, o cantador do bingo era o Lolô, filho do Batista da Brasiltex. E certa noite houve uma denuncia do funcionamento do bingo, na Delegacia Regional de Ponte Nova e de lá vieram os policiais. Quando os policiais chegaram no bingo, o Lolô já havia cantado umas cinco (5) pedras, e era muito difícil alguém ganhar com tão poucas pedras nesse bingo -. Os policiais, ao entrarem, foram logo dizendo: Pára! – essa palavra era usada no jogo quando alguém acertava no bingo. O Lolô, que estava de costas para a porta, ao ouvir a palavra, mesmo sem saber quem havia gritado, emendou imediatamente: ô largo! Para azar dele, quem havia gritado era o Delegado Regional Murta, que estava prendendo o jogo, pois este era ilegal. Aí foram para a Delegacia os jogadores e os proprietários e os empregados, que foram ouvidos e liberados logo após os depoimentos.

Garagem do Padre Sérgio

João Norato - Titio - certa tarde, após ter tomado umas, já ia para casa e as paredes das casas estavam servindo de escoras para ele. Quando chegou na porta da casa paroquial, o João já não enxergava mais nada e não viu que a porta da garagem estava só escorada. Aí, vocês já viram, ele foi direto e caiu debaixo do carro do Padre Sérgio, que estava preparando para sair. Quando o padre viu aquela cena, perguntou: sr. João, o que o sr. está fazendo aí, debaixo do meu carro? Espirituoso, como sempre, imediatamente o João respondeu, com a vivência que Deus lhe deu: sr. Padre Sérgio eu estou só apertando um parafusinho no carro do senhor que estava bambo. Olha, estes causos postados hoje são contados pelo Célio da Gelati. Por isso, não garantimos se são verdadeiros, ou invenções dele.

Ninico versus João Norato

Disse o João Norato - Titio - que quando o Ninico estava tomando umas, que graças ao bom Deus o tirou deste vício, numa noite o ele chegou apavorado dizendo: papai deixa eu entrar no seu quarto, pois no meu está lotado de macacos. Imediatamente o João Norato, que também tinha tomado umas, falou com o Ninico: vem meu filho, pode ficar aqui quieto, mas entra rápido, pois foi eu que os espantei do meu quarto. É João e Ninico, ainda bem que a vida já nos deu muitas peças, mas nós ultimamente temos pensado mais em viver. Parabéns.

Do Oiapoque ao Chuí

Cláudio Henrique, ou melhor, Claulinho, estava no bar do Dagmar tomando uma cerveja e batendo um papinho com o proprietário, quando o Dagmar, como sempre vem com as suas, e disse, que quando morava em Manaus, estava tomando umas cervejas com umas meninas no Oiapoque e que a cerveja quando estava quente, ele e as meninas imediatamente, iam para o Chui. Ouvindo isso, o Claulinho perguntou ao Dagmar: mas você ia de avião? Ele disse não, pois do Oiapoque ao Chui é muito pertinho. É Dagmar, mais uma vez o Comodoro vai ficar sabendo. Se ele já não sabe.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Wantuil "Coringa"

Coringa quando tinha um bar ao lado do Forum, nos fundos tinha uma horta, por sinal muito boa, mas que não era por ele cuidada, mas sim um velhinho. Um dia, seu filho Fabinho, que era de menor, estava dando sopa por lá. Ele o mandou pegar umas verduras e ir vende-las, tendo o Fabinho retrucado, dizendo:Tuile, assim o Fabinho chamava o Wantuil, isto não era hora certa, pois já eram 4 horas da tarde. Wantuil retrucou dizendo que isso era hora de vender, sim, pois de manhã todos já tinham vendido as suas e, à tarde ele não tinha concorrentes. Fabinho pegou o balaio, recolheu as verduras e foi vender. Mas, perto do barracão, em frente ao Vico, tinha um campinho de futebol e estava tendo uma peladinha. Fabinho, que estava por ali parado, não titubeou e entrou na peladinha. Quando foi lá pelas 6 horas o Fabinho voltou e disse ao Tuile, que não tinha vendido nada. Wantuil então perguntou onde ele tinha tentado vender as verduras, tendo o Fabinho dito que tinha ido a rua Bom Jesus. Watuil levou as mãos à cabeça e disse: Fabinho, rua Bom Jesus não é lugar de vender nada, lá é lugar de fazer caridade, foi por isso é que não vendeu nada. E isto foi dito pelo Wantuil, logo ele que morava lá e seus familiares. Wantuil não era mole não.

O coitado do Velhinho que cuidava da horta do Coringa sofria, pois no sábado que era dia do pagamento era um sofrimento. Ele tentava enrolar de todo jeito para fazer o pagamento. Num sábado, estava eu jogando dama com o coringa e o velhinho, que esqueci o seu nome, (isto é velhice) estava ao lado esperando o pagamento. No intervalo do jogo eu pedi ao coringa um venerável conhaque e o Coringa levantou da mesa e me serviu. Nisso, o velhinho disse: Coringa, hoje é o dia do pagamento. Coringa virou-se e disse ao velhinho: será que você não viu que eu levantei agora para servir o Marco e agora você vem me falar em pagamento? Nesse momento eu tomei o conhaque e disse: se isto é motivo para levantar para efetuar o pagamento, pode levantar e trazer-me outro conhaque. Vocês já imaginaram a cara que me fez o Coringa?

Coringa, quando dono do bar, fazia o pagamento, mas enrolava o mais que podia os fornecedores. Um dia um fornecedor passou por várias vezes no bar e o Coringa sempre dizia, passe mais logo. Neste dia o fornecedor passou por lá as 2 horas da madrugada e resolveu cobra-lo novamente, mas o Wantuil como sempre, disse: passe mais tarde. O fornecedor já estourando com o Coringa, falou umas verdades com ele e rasgou a nota, no que imediatamente o Wantuil disse: não recebe mais, pois rasgou o comprovante. Isto é conhecimento de várias pessoas de nossa querida Raul Soares.

Subversão em Raul Soares

Nos anos 70, quando a ditadura estava em plena atividade, houve um fato acontecido aqui na nossa querida e tranqüila Raul Soares, que após cair no esquecimento, virou mais um "causo". Quando era Promotor em Raul Soares, o Dr. Humberto Lisboa, que era muito enérgico e eficaz em seus deveres e por isto tinha desavenças, principalmente com nós jovens, pois éramos sempre chamados à atenção, pois certo não éramos uns santinhos. Neste ínterim, não sei porque motivo, resolveram Celso Fialho e Gilmar, filho do saudoso Dr. Zélim, aprontarem uma e resolveram passar fezes (cocô mesmo) na porta da residência do Promotor. Êste sentiu-se ofendido, oficiando, dizendo que em Raul Soares existia um grupo subversivo, ao famoso DOPS. Na época, era só falar o seu nome que todo mundo tremia, pois era a organização policial que combatia a subversão. E veio a Raul Soares, um grupo do DOPS, comandado pelo famoso Dr. Renato Aragão - não é o comediante - e que aqui chegando, só de sentirem o ambiente calmo e caloroso do povo de Raul Soares, com a recepção que tiveram, viram que nada tinha que ver com ato subversivo. O Zé Carcereiro tinha o bar Tip-Top e resolveu o pessoal do DOPS, tomar umas, pois o seu trabalho era coisa mole. Eu e Beto Maia conversamos com o Dr. Aragão e explicamos o motivo do ato feito pelo Celso e o Gilmar. Disse também que isso era coisa de jovens. Então, ele pediu-nos que trouxéssemos os meninos até a sua presença, no Tip-Top, que aí ele conversaria com eles e resolveriam o problema. Sabíamos que o Celso, apesar de ter escondido em vários outros lugares, nesta noite estava na casa do Sr. Elviro Maia, que estava viajando. E ele, sozinho , no maior custo, pois ele não atendia ninguém, com receio, nos atendeu e após vários pedidos, foi ao encontro com o Delegado, para resolver o seu problema. Como o Gilmar estava para Belo Horizonte, mais tarde foi também ouvido e resolvido o problema com a maior tranqüilidade. Mas ele teria que ouvir o Celso na Delegacia, pois tinha que ouvir o seu depoimento, e convocou todo mundo para que fossemos até a Delegacia e servir de testemunhas. Lá chegando, após os atos oficiais, o Dr. Aragão e sua equipe policial, agradeceu a recepção que teve em Raul Soares, pois nesta noite tínhamos tomado todas com eles, inclusive teve um que tomou um tombo do tamborete que havia no balcão. Vocês já imaginaram o porque, e o Dr. Aragão ainda saiu com esta: que ele já teve vários problemas por subversão, mas aqui em Raul Soares foi um ato de jovens, e que no Ofício que foi enviado ao DOPS, dizia que aqui havia um grupo, os "Irmãos Metralha", que ele havia conversado com eles, que viu que eram pessoas de boas índoles e, no seu relatório iria dizer que aqui tinha na verdade os "Irmãos Bodoques". Etá Raul Soares!

domingo, 2 de dezembro de 2007

Maringá

Não sei ao certo, se foi na reinauguração do saudoso Cine Marrocos ou se foi no lançamento do cinemascope em Raul Soares. Houve antes um show feito pelos alunos do Grupo Escolar Benedito Valadares, e deste participava eu (Marco Pacheco) e minhas irmãs Jeanne e Rosinha, sendo que Jeanne tocou acordeon, pois eramos alunos da Dona Maristela. Mas ela sabia melhor. Nós cantamos a música Maringá. O problema maior foi que durante os ensaios eu era o mais saliente, fazia gozação com todos, inclusive com os outros artistas que iriam participar em outros atos. Mas no dia da apresentação foi que vi aquela plateia, imensa. Mas era mais pelo reinauguração do cinema ou o lançamento do cinemascope, do que pelo teatro, e me deu uma tremedeira. Resolvi, então, abrir a boca a chorar dizendo que não ia cantar mais. O problema maior é que meu pai, Cicero Pacheco, não gostava de brincadeira. Aí vocês já sentiram o que aconteceu. Além de eu cantar de cabeça baixa, em nenhum momento olhando para a platéia, levei antes de entrar para o palco uns solavancos, que não eram mole dado pelo Cicero Pacheco, pois ele dizia que ninguém é obrigado a prometer nada, mas se prometeu tem que cumprir, mesmo que tenha um amarelamento pelo medo da apresentação. Isto está certo, Cicero Romanero. Assim falava o saudoso Professor Jeferson.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Geraldinho Comodoro

O bar do Dagmar, de vez em quando sempre acontece alguma coisa, principalmente se estiver por perto o Comodoro. Ele me disse que certo dia o Zéze do Kumilão levou um carro para consertar na mecânica do Januário, ao lado do bar, e como iria demorar um pouco o Zéze foi para o bar e pediu um pastel. Pediu que fizesse dois pois levaria um para sua esposa. Nisso, como sempre diz o Comodoro, o Dagmar foi logo tentando fazer-se de um maitre. Disse que êste tinha sim que levar o pastel para sua esposa, pois esta era uma grande MERETRIZ e, sim, este teria que agradá-la. O Zéze saiu e o Comodoro acha que ele não entendeu bem o que o Dagmar falou ou se não ouviu. O fato é que com a saida do Zéze, o Comodoro indagou ao Dagmar: ô rapaz, você já viu o que fez? Sabe o que significa MERETRIZ? Nisto o Dagmar repondeu dizendo que sabe sim, que era uma pessoa boa, de grande formação, de respeito. O Comodoro nisto começou a rir e o alertou, tomara que o Zéze não conte para sua esposa o que você a chamou, pois o pau ia quebrar. Você confundiu MERETRIZ com MERETÍSSIMA. É Dagmar, você vai ter que tolerar muito ainda o Comodoro. Ainda mais agora que ele está amando loucamente e vai viver muito tempo.

Véio Colate

Sergio Valadão, quando Presidente da minha gloriosa "Cacique da Rua Bom Jesus", alugou o comodo onde funciona o Clube da Melhor Idade, para fazer uns bailes nos sábados, a fim de arrumar uns trocados para a Escola de Samba. Já haviam sido realizados uns 3 ou 4 bailes, quando o Valadão me procurou e disse-me que o Jonathan havia dado queixa na polícia porque o barulho do baile estava importunando e não deixava ele dormir. Encontrei com o Jonathan nas imediações do Hotel Natalino, e ponderei com ele pela reclamação feita pelo Valadão, mas ele disse que não iria retirar a queixa não pois ele é quem estava com a razão. Por perto estava o Veio Colati, que perguntou onde o Jonathan morava, tendo ele explicado que morava na rua do morro. Nisto imediatamente o Veio discordou do Jonathan, dizendo que o lugar que ele morava era longe do evento do baile e não deveria chegar à sua moradia bastante tanto que o molestasse a dorm. Para ele a única coisa que atrapalha as pessoas a dormirem, isto sim, era divida, pois a pessoa com tranqüilidade, estando com as finanças devidamente em dia, pode fazer o barulho que fizer, ele aceita o forró, inclusive ainda participa dele. Certo Veio!

Zé Bom Cabelo II

Zé Bom Cabelo dizia que o pior e a maior maldade que acontece com o homem é quando ele se envolve com mulher casada. O mais gostoso é transar com uma mulher filé e poder contar para os amigos o que esta acontecendo. Nesses casos, infelizmente, você não pode comentar isto, pois se você tem um amigo e conta para ele o envolvimento, este sempre tem outro amigo, que não é seu amigo. Aí você já viu, logo todo mundo fica sabendo e aí o perigo está solto.

Zé Bom Cabelo

Conversando certa vez com o saudoso Zé Bom Cabelo, sobre assunto de jogo de baralho, que, aliás, é um meu fraco, ele me disse: Marco, quando você quiser jogar baralho, não vá com o pensamento de aumentar o seu capital, pois isto é o maior azar que dá. Certa vez eu ia passar uns dias de férias no Rio de Janeiro e já estava tudo programado, com o dinheiro no bolso e resolvi ir ao bar do Tão, onde havia um jogo do Otávio Chaves e fazer o aumento do meu capital, principalmente para garantir o pagamento das passagens e uns goles a mais. Meu amigo, nos finalmentes, perdi foi o passeio para o Rio de Janeiro, pois em vez de aumentar o capital, perdi foi o que tinha e ainda perdi o recebimento do mês que ainda ia vencer, pois fiquei devendo ao Otávio.

Pedro Garíglio Filho

Disse-me o Pedrinho que, quando esteve em uma situação financeira meio ruim, foi quando ele era proprietário da usina de açucar JAPERI. Aconteceu uma passagem, que ele me relatou e por isto virou "causo". Após a venda da quota de produção de açúcar, antigamente ou não sei se até hoje ainda funciona assim, o valor que não era somente a usina, mas o que valia mesmo era a quota que a pessoa possuía de direito de fabricar açúcar, junto ao IAA (Instituto de Açúcar e do Álcool), acho que é isto mesmo. O Pedrinho, após receber o dinheiro proveniente da venda dessa sua quota, passou no comércio local, fazendo os devidos acertos de conta. Ao chegar ao posto de gasolina do saudoso Sr. Geraldo de Souza Lima, pai do JUNINHO e marido da Dona MARTA, no qual devia um valor meio alto, pois todo dia usava gasolina para toda a fazenda, fez o respectivo pagamento. O Sr. Geraldo, que era um gentleman, após o devido recebimento, agradeceu o pagamento e colocou o posto à disposição para compras a crédito para o Pedrinho. Este agradeceu a gentileza, mas disse: Geraldo todos os comerciantes que eu devia há muito tempo e os paguei, todos eles me disseram que se colocavam à disposição para outras compras, mas eu acho que os comerciantes se enganaram. Eles tinham mesmo é que me dizer: muito obrigado pelo pagamento, mas não volte mais para comprar fiado, pois nos temos vergonha!

Família Forense

Nos idos dos anos de 1980, quando ainda não havia a independência do Poder Judiciário, na falta de Juiz ou Promotor, respondiam pelos cargos o Juiz de Paz, que aqui em Raul Soares era o Sr. Rezende e o Adjunto do Promotor o Sr. Antonio Figueiredo. E éramos de fato uma família, pois um sempre ajudávamos uns aos outros, o respeito era mutuo. O conhecimento jurídico era pequeno, mas, com simplicidade, um ouvia sempre o outro e havia uma grande honestidade para não prejudicar a ninguém como também não sermos prejudicados. Havia também o lado cômico e neste aconteceu um comigo. Combinado com o saudoso Chico Felismino, resolvi fazer uma brincadeira com o Sr. Rezende, que também era um grande brincalhão. Expedi, então, um Mandado de Prisão em que figurava como réu o Sr. Rezende. Mas para expedir o mandado teria que ter a assinatura do Juiz e assim foi feito, levei o mandado para o Sr. Rezende e ele, em confiança, assinou o mandado sem ler. Aí, então, só entreguei ao Oficial Felismino, que em cumprimento imediato fez o dever legal e foi até o Sr. Rezende e deu a vóz de prisão. Ele levou o maior susto, mas viu que havia por traz disto tudo o meu lado brincalhão e se fez de vítima, dizendo que era inocente. Alegou que a sua prisão somente seria efetuada se ele não pagasse umas cervejas para nós funcionários, no bar ao lado, que se eu não me engano era do Wantuil "CORINGA". Esse bar, que para mim e também para uns outros mais - não eram todos os funcionários - o conheciam com o “quarto Ofício”. Disse também que ele, réu, estava pronto a efetuar o pagamento da cervejada, sendo com isto o mandado devolvido ao Cartório com o cumprimento legal. Êta, era bom demais! Como sinto saudades da FAMÍLIA FORENSE, apesar de não ter nada reclamar do Poder Judiciário hoje, pois sabemos que o número de processos é totalmente superior ao dos anos passados, e as leis, após a constituição de 1988, quando houve a Oficialização e Independência do Poder Judiciário, mudaram e são mais rígidas, tanto para o cumprimento dos deveres dos funcionários, como mais rígidos os cumprimentos dos prazos legais. E com a criação da Justiça Especial o lado pega. Mas para mim eu ainda continuo lá. Se alguém não aceita, apesar de não acreditar, ainda me considero da FAMÍLIA FORENSE, com muito orgulho e sempre defendo o PODER JUDICIÁRIO.

Cory Chaves

Tinha um orgulho danado de ser do jeito que era, e quem conhecia o Cory de perto sabia que ele era até enjoado no cumprimento de seu dever. Mas era o seu modo de agir e brigava, ou melhor, não gostava de aceitar registros de crianças com nomes de artistas, principalmente estrangeiros. Dizia que as mães, que geralmente é quem levava o menino ou menina para registrar, não sabiam nem escrever nem o nome direito. Tinha também o orgulho de que, quando casamento era na Igreja Católica, somente fazia o andamento dos papeis, quando o casal já passava pelo Cartório de Registro. E sempre dizia: sem o carimbinho do Cory nada tinha de casamento no Religioso, isto era o orgulho do Cory.
Um dia, uma pessoa, peço desculpas por não declinar o nome, me convidou para o seu casamento e eu que sabia que o mesmo já havia sido casado na cidade de Juiz de Fora. Eu até, no dia do meu primeiro casamento, eu perguntei a ele: fulano como você vai se casar? Se você não havia divorciado, como é que vai se casar de novo? Como eu conhecia o assunto, ele então me disse que ia se casar somente na Igreja, pois no seu primeiro casamento havia se casado no Civil. Então eu lhe indaguei: mas para se casar na Igreja, você teria que arrumar os papéis lá no Cory. Então ele me disse que havia ido em Mariana e ele explicado sua situação, e tendo feito um pagamento extra, autorizaram o Padre daqui de Raul Soares a fazer o casamento. Achei meio estranho, mas o casamento foi realizado.
Como sempre, isto antigamente, naquela época em que os goles falavam mais do que eu. Já meio chapado, resolvi provocar o Cory, ajudado pela liberdade que tinha com ele e tinha por ele uma admiração. Um homem como ele, ficar viúvo com sete (7) filhos, agüentar o dever e cumpri-lo, não é fácil. Somente deu azar de perder dois filhos prematuramente. Venceu, sendo os demais, apesar de outro ter falecido já com certa idade, orgulho de qualquer pai (isto não é puxa-saquismo não, viu?). Mas, voltando à vaca magra sobre o casamento, cheguei ao Forum e sempre sentávamos num banco de cimento que ficava ao lado da entrada. Passei a conversar sobre casamento e o Cory dizendo: sem o carimbinho do Cory não tem Casamento no Católico. Nisso, vem o noivo que havia me convidado e parou para convidar o Cory para o seu casamento, que também explicou o que havia falado comigo. Olhando para o Cory, fiquei até com medo dele passar mal, mas graças a DEUS nada aconteceu.
Não passou nem uma hora apareceu um casal, parece-me da roça, que vinha arrumar os papeis para o casamento, ele prontamente arrumou a documentação e marcaram o dia e, coitados, sem saberem do que havia acontecido, pediram o papel para apresentarem na Igreja. Levaram pelas caras, coitados, sem saberem de nada. Cory ainda mandou falar com o pessoal que arranja os documentos para se casarem, que a partir desta data ele não daria mais papel nenhum, E, por ouvir dizer que alguém ligou para o Cory, mas ouviu boas e umas dele, pois o que eu o conhecia deve ter desabafado e no meu entender com razão.
Cory pela amizade que tinha com meu pai entre eles a saudade é muita, mas sei que pelo que fizeram pela vida, tenho certeza que o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO deve te-los recebido maravilhosamente.
Papai quando estava doente, pediu ao Cory que fosse enterrado com terno, camisa, gravata, meia e sapato e também que a sua catacumba fosse com 14 palmos. Cory indagou: compadre para que isto tudo, inclusive com o sapato? Aí papai respondeu: pois poderia chegar lá e ter um baile e como ele faria para participar do baile descalço. E, quanto aos 14 palmos, ele tinha mais ou menos quase uma certeza de que logo que ele morresse eu (Marco Pacheco) com a bebeção que eu estava nela, já já eu também iria e assim eu ficaria por cima dele, mas longe, para não encher o saco dele.. E assim foi feito com o falecimento do papai. Mas eu dei o bolo nele e espero ficar por aqui ainda um bom tempo, mas se eu tiver que ir, espero que ele me receba, juntamente com vários amigos que aí estão fazendo uma grande festa. SARAVÁ.

Douglimar ou Dagmar - Idônea

No bar do Dagmar proseavam Geraldinho Comodoro, Pedrinho Gabriel e Waldir Vieira, ex do Banco do Brasil, sobre o asfaltamento do estrada, que depois terminou, ligando Raul Soares com Rio Casca. Comodoro perguntou se a firma que iria asfaltar era uma firma boa, quando o Pedrinho Gabriel disse que ele teve conhecimento que a firma era idônea. O Comodoro, então, perguntou ao Pedrinho se ele sabia o nome da firma. Antes que o Pedrinho respondesse, entrou na conversa o Dagmar, como sempre falando besteira, respondendo ao Comodoro: ô burro, será que você é surdo! O Pedrinho já não lhe disse que o nome da firma era IDÔNEA!. Aí vocês já imaginaram o que deitou e rolou o Comodoro no Dagmar.

José Horta - Farmácia do Pedro Rocha

Reunidos outro dia conversando na farmácia do Sr. Pedro Rocha Gavão, entre outros o gerente José Horta, Jésus Prosó, Paschoal, Claulinho, Paulo do INPS, quando foi comentado pelo Jésus o problema que deveria ser resolvido o mais rápido possível. Era sobre a vinda, ou melhor, da chegada da TV DIGITAL, e pelos poucos anos de aproveitamento dos aparelhos antigos da TV. De imediato, o José Horta, com a sua sapiência, resolveu o problema da sua. Disse que não mudaria de aparelho, pois ele deu um duro danado para adquirir uma com controle remoto e agora não iria aceitar. Imagina, disse ele, de ter uma televisão que teria que levantar da poltrona toda vez que tiver que mudar de canal ou aumentar o volume e ter que usar o dedo para digitá-la? É Zé Horta da farmácia, só isto que faltava completar a sua sapiência. Dá-lhe CLAULINHO!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Pascoal

Certo dia chegou uma turma no restaurante do Onofre, onde mais tarde foi o restaurante do Sr. Hermínio e hoje Farmácia Central. Neste restaurante havia chegado um novato, vindo do interior (roça), um garçon chamado Orlando, por sinal muito amigo de todos e querendo ser eficaz como garçon. Foi logo atendendo o grupo que ali estava: Pascoal, Norton, Marco Pacheco, Didi Maia e outros mais, vindos do famoso Clube Marajoara. Era ponto de fim de noite e íamos comer o famoso MEXIDÃO da FILOMENA. Mas neste dia o garçon, que ainda não tinha conhecimento do que era o pedido normal da turma, foi logo perguntando: o que desejam os jovens? Na mesma hora o Pascoal, para sacanear o garçon, pediu um lorto acebolado e a turma ficou calada. Em seguida o garçon já foi logo gritando para a FILOMENA sai um lorto acebolado para essa turma da mesa aqui. A Filomena, quando ouviu o rapaz dizer aquilo, na mesma hora disse para ele: só se for o deles, no que ficou no ar o rapaz com aquela resposta dela. Quando o garçon ficou sabendo o que era lorto, estourou e queria de todo jeito acertar o Pascoal. Mas, como Raul Soares é um país, como diz o Didi, foi tudo contornado e nada de grave houve, ficando inclusive amigo da turma e aceitou a brincadeira inocente feita pelo Pascoal. Só que, por precaução, o Pascoal ficou mais ou menos uns 6 meses sem passar por ali, perto do bar. Afinal, como diz o velho ditado, “Cachorro mordido de cobra, tem medo de lingüiça”. Valeu RAUL SOARES!

Primeiro nudismo em Raul Soares

Quando era criança de 6 ou 7 anos de idade, treinávamos no campo do meu querido Operário, hoje Esporte Clube, mas na época Futebol Clube do Sr. Silvio Nogueira, Tenente Roldão, Amaro de Carvalho, Cícero Pacheco, Paulinho Faria e outros mais. Mas na verdade, a maior parte dos jogadores, após o treino, ia nadar na pedrinha, que acho que até hoje ainda existe no final do campo. Papai ficou sabendo que estava nadando e ele me avisou que se me pegasse nadando ia aprontar uma. E eu sabia que quando ele falava assim, agia, mesmo que mamãe Santinha pedisse alguma coisa ao contrário que ia acontecer. Certo dia lá chegou Cícero Pacheco e me flagrou nadando. Aí não deu outra. Papai pegou minha roupa e me pós na frente da sua bicicleta, com uma vara de marmelo na mão e fez eu vir do campo até a nossa casa, na época na rua do grupo velho (Benedito Valadares) pelado. E quando eu queria tampar ele dava uma varada e dizia, tira as mãos. Naquela época eu fiquei vários meses sem sair de casa de vergonha e hoje fico imaginando, como o tempo mudou. Hoje o pessoal anda quase tudo pelado e faz sucesso. Imagina se fosse hoje o que aconteceu comigo anos passados, eu seria o maior sucesso, apesar de quando fiz sucesso anteriormente foi para risos e hoje, não seria por aplausos?

Cícero Pacheco

Estava certo dia no armazém do Oriel, nos idos de 70. Batendo um papo todo dia, Cicero Pacheco, Major Nestor, Oriel, Dr. Humberto (Promotor de Justiça) e outros mais, que estavam comentando o que fariam se ganhassem na Loteca, a Loteria Esportiva, que era o sucesso da época. Um dizia que ia comprar uma fazenda, outro dizia que compraria apartamentos que, inclusive os jogos marcados aqui, com o nosso querido saudoso Tãozinho Carcereiro, que os levava para serem feitos nas lojas oficiais no Rio de Janeiro - imaginem como era dificil e como o jogo é tentador - quando cheguei e o Oriel foi logo dizendo: vamos ver se o Marco nos diz o que faria se ganhasse na loteria esportiva. Resposta no ato: darei todo o dinheiro para o papai. Este foi logo perguntando porque eu lhe daria o dinheiro, se gostava tanto assim dele, no que disse, que sim. Gostava dele demais, mas o gostoso não é ser rico e sim filho de rico. Certo ou não?

Titio João Norato e o golpe do porão

Quando faleceu o pai do João Norato (Titio), ele ficou com administração dos bens, que não eram poucos. Sua mãe Dona Chiquinha, disse o Titio, que numa época estava atravessando uma fase meio ruim de dinheiro, estava meio regulando a darem algum para ele. Bolou ele então um jeito de conseguir algum dinheiro com a sua mãe. Eles moravam na fazenda perto onde hoje está a usina da Cataguazes-Leopoldina, num sobrado. Ele então, à noite, ia para o porão da fazenda e imitava a voz do seu pai dizendo: Chiquinha o Joaozinho está meio triste com a minha morte, dê a ele algum dinheiro para que ele possa se divertir. No dia seguinte, quando sempre isto acontecia e que era quase diário, Dona Chiquinha o chamava e dizia: Joaozinho toma êste dinheiro e vai meu filho divertir um pouco, pois você está muito triste.

João Norato - Titio

Estavamos outro dia, eu e Célio da Gelati conversando, quando chegou João Norato, o nosso conhecido Titio, pai de Ninico, Ricardo, Léo, e outros filhos mais. Quando Titio como sempre saiu com uma das suas, que sempre nos supreende com o seu lado humoristico. Disse o João Norato: Marco o que mais me surpreende é quando eu vejo alguém dizer, que fulano de tal fracassou nos seus negócios, que os culpados são os filhos. Comigo, não!
A verdade é que quando o Léo criou a sua Loja CEMIG, convidou-o para trabalhar na Loja com ele e se o Léo não o dispensa, ele João Norato é quem quebraria o Léo. Ele não dá liberdade de sairem com comentários que filho seu o fracassa, mas ele sim é quem daria comentários de que ele é quem fracassa filhos seus nos negócios. É Titio você sempre com as suas.